A professora do Departamento de Serviço Social da Universidade Federal do Mato Grosso, Lélica Elis Pereira de Lacerda, está sendo acusada por ruralistas de “racismo reverso” e teve que deixar o estado do MT. O caso aconteceu após um debate em que Lélica falou sobre a PEC 32, da Reforma Administrativa na Câmara Municipal de Vereadores de Sinop (MT).
O debate foi promovido pela única mulher no legislativo, vereadora Graciele Marques. A acusação se transformou em uma perseguição machista e misógina de grupos que usam a ilusória tese do “racismo reverso” para atacar Lélica. Conforme entrevista publicada pela revista, Lélica contou que fez uma contextualização histórica sobre a sociedade patriarcalista branca.
O Sindifoz vem a público manifestar seu total apoio à professora por não concordar com tal acusação. Além disso, lembra que Lélica é ex-servidora de Itajaí. “Ela já foi servidora do município no cargo efetivo de assistente social na nossa cidade. Não podemos aceitar que o machismo desses grupos minoritários amedronte Lélica e nenhuma outra mulher. E muito menos que a façam ter que deixar o estado em que vive, como está acontecendo”, critica o presidente do Sindifoz, Francisco Johannsen.
Tanto Lélica quanto Graciele já estão recebendo apoio de centenas de entidades representativas da sociedade. O Sindifoz é mais uma das entidades que está ao lado dessas mulheres, que lutam para explicar à sociedade todas as maldades que o governo federal vem cometendo ao povo brasileiro como, por exemplo, neste caso, a PEC 32.