Colunista do prefeito, JC detona mais uma vez a classe dos servidores

Como já se tornou comum todas as vezes que uma pauta envolvendo os servidores públicos municipais de Itajaí se torna pública, desta vez o assunto é o não cumprimento do piso nacional do Magistério, o colunista do prefeito, JC, sai em defesa da prefeitura municipal e ataca a categoria, neste caso, os professores e profissionais do Magistério.

Em sua coluna desta quinta-feira, publicada no jornal Diarinho, JC mais uma vez escreve apenas o discurso pronto entregue à ele pela prefeitura, sem ouvir o Sindifoz ou representantes da categoria, mostrando claramente de que lado ele está.

Não bastasse simplesmente publicar o que a prefeitura deseja e manda, JC ainda falta com respeito e ofende os profissionais da Educação. Primeiro ao questionar e criticar os vencimentos dos servidores, o que não compete a ele, que não está no dia a dia de uma sala de aula, que não frequenta a rede municipal de ensino, muitas vezes sem condições e materiais suficientes de trabalho. Qual conhecimento tem o JC para dissertar sobre a remuneração dos profissionais da Educação? Pelas colunas que escreve, aparentemente, nenhum.

Por outro lado, JC defende que o prefeito Volnei Morastoni receba o salário equivalente ao salário base de 10 professores. Ou seja, para os ‘patrões’ dele, que habitam os gabinetes do paço municipal, não tem coluna questionando valores, muito menos para a enormidade de comissionados que o governo municipal emprega.

Mas JC vai mais além. Apesar de dizer que ‘respeita’ os professores, o que a própria coluna prova ser uma grande mentira, JC diz que “os professores se acostumaram a receber salário sem ter que ir trabalhar”, durante a pandemia. Mais uma vez a ignorância, ou a falta de noção mesmo, do colunista, se apresentam. Ele repete a narrativa de um determinado secretário municipal que recentemente em suas redes sociais também afirmou que as aulas ficaram suspensas por dois anos, mostrando total desconhecimento da educação, não somente de Itajaí, mas do Brasil afora. Aonde estes dois cidadãos estavam nos últimos dois anos?

Os professores e profissionais do Magistério também foram grandes prejudicados na pandemia, tiveram que se desdobrar para trabalhar no ensino online, custeando internet e equipamentos eletrônicos do próprio bolso, se desgastando muito mais psicologicamente do se estivessem em sala de aula, muitas vezes dividindo o trabalho com o cuidado com a própria família e os filhos, que também tiveram que cumprir o ano letivo de casa. Ou seja, ninguém recebeu salário sem trabalhar, mas sim, trabalhando muito mais.

Na ânsia de defender o governo a qualquer custo, o colunista do jornal Diarinho opta por atacar uma categoria que, só em Itajaí, reúne mais de três mil servidores, todos trabalhadores e com família para sustentar, como qualquer outra pessoa da comunidade que também sofreu os impactos da pandemia e que precisou e precisa justamente do serviço público para auxiliá-lo em momentos de dificuldade.

Se o objetivo era jogar a classe dos professores contra a comunidade, JC pode ter certeza de que o apoio das famílias que conhecem o trabalho feito na rede municipal de ensino, é grande na luta por um direito que é dos trabalhadores.

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